Há muitos anos venho sonhando, experimentando, vivendo e cocriando projetos coletivos. A foto abaixo é do curso Negócios Colaborativos que foi ministrado pelo Oswaldo de Oliveira e Tomás de Lara na Escola São Paulo.
No meu blog MarcioOkabe.com.br tenho vários posts sobre COLETIVOS.
“A perfeição está no coletivo.” Sri Aurobindo

No mundo empresarial contemporâneo, a formação de coletivos tem se mostrado uma estratégia eficaz para ampliar horizontes e maximizar resultados. O conceito de coletivo, que remete a um grupo de indivíduos atuando em conjunto em prol de objetivos comuns, pode ser uma poderosa alavanca para o sucesso empresarial. Este artigo busca destacar a importância desses coletivos, apoiando-se em argumentos de renomados autores e pensadores, e elucidar os valores essenciais para a criação de uma rede de confiança voltada para o aprendizado, ensino e negócios fundamentados na abundância e colaboração.
1. Sinergia e Inovação – Peter Drucker Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, já afirmava que a inovação é um instrumento poderoso do empreendedor. Os coletivos intensificam a inovação através da sinergia. A soma de habilidades distintas e perspectivas diversas resulta em soluções mais criativas e efetivas, exatamente como Drucker advogava quando dizia que a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.
2. Inteligência Coletiva – Pierre Lévy A noção de inteligência coletiva, cunhada pelo filósofo Pierre Lévy, ressalta a capacidade de grupos em combinar esforços intelectuais para evoluir em direção a um objetivo comum. Nos coletivos empresariais, essa inteligência compartilhada conduz à aceleração do aprendizado e ao refinamento contínuo de processos e produtos, otimizando o desempenho do negócio.
3. Capital Social – Robert Putnam O sociólogo Robert Putnam discute a importância do capital social, que é o valor que as relações entre pessoas trazem para a sociedade. Em um coletivo, o capital social é ampliado, já que as conexões entre os membros fortalecem a confiança e a cooperação, elementos essenciais para a realização de negócios eficientes e duradouros.
Valores Fundamentais de um Coletivo Baseado em Confiança, Abundância e Colaboração:
- Confiança: A confiança é a espinha dorsal de qualquer coletivo bem-sucedido. Ela permite que os membros compartilhem conhecimento abertamente e trabalhem juntos sem reservas, criando um ambiente propício para a inovação e crescimento mútuo.
- Generosidade: O paradigma da abundância é alimentado pela generosidade, entendida como a vontade de compartilhar recursos, conhecimento e reconhecimento. Em um coletivo, a generosidade facilita a circulação de ideias e a construção de uma rede de apoio sólida.
- Colaboração: Colaboração é mais do que simplesmente trabalhar juntos; é uma atitude que promove a integração de competências e a busca por objetivos comuns, resultando em uma força coletiva que supera a soma das partes individuais.
- Transparência: A transparência é a base da confiança. Em um coletivo, a abertura na comunicação e compartilhamento de informações fortalece os laços entre os membros, promovendo a confiança mútua.
- Reciprocidade: A reciprocidade é essencial para manter o equilíbrio e a colaboração dentro do coletivo. Ao contribuir de maneira significativa, os membros garantem um ambiente onde todos se beneficiam mutuamente.
- Inclusão: A inclusão é crucial para garantir diversidade de pensamento e habilidades. Ao criar um ambiente inclusivo, o coletivo se torna mais resiliente, adaptável e capaz de enfrentar desafios de maneira abrangente.
- Compartilhamento de Propósito: Alinhado ao pensamento de Shirky, quando os membros de um coletivo compartilham um propósito comum, eles são capazes de mobilizar recursos e energia de forma mais eficiente, alcançando resultados que seriam inatingíveis individualmente.
- Engajamento Ativo: A participação ativa dos membros, enfatizada por ambos os pensadores, é vital. O envolvimento ativo fomenta um senso de propriedade e responsabilidade pessoal em relação aos objetivos do grupo.
Ao incorporar esses valores, os coletivos se tornam incubadoras de sucesso, transformando a forma como os negócios são concebidos e realizados. A união estratégica de talentos, a partilha de conhecimento e a construção de relações baseadas no respeito mútuo e na colaboração não são apenas ideais nobres, mas também estratégias empresariais comprovadamente eficazes para prosperar em um mundo cada vez mais interconectado e dinâmico.
Post gerado com ChatGPT 4
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Gostaria de um artigo curto que fale sobre a importância de formar COLETIVOS como forma de potencializar negócios e que traga 3 argumentos embasados em grandes autores ou pensadores que sejam convincentes para as pessoas se mobilizarem em um coletivo. Citar os 3 principais valores que devem existir em um COLETIVO cuja meta é formar uma rede de CONFIANÇA para aprender, ensinar e fazer negócios baseados no paradigma da abundância e colaboração.
COLETIVOS: Aprendendo com as TRIBOS Indígenas, Africanas e Aborígenes
Em um mundo cada vez mais dominado pela lógica capitalista e pela hiperindividualização, as sabedorias ancestrais das tribos indígenas, africanas e aborígenes oferecem um contraponto poderoso e inspirador. Essas culturas possuem lições profundas sobre o viver em comunidade, o respeito à natureza e a criação coletiva, que podem transformar a maneira como pensamos e implementamos projetos em grupo.
A Força da Sabedoria Ancestral
As tribos indígenas nos ensinam a pensar no coletivo acima do individual. O conceito de “bem viver”, presente em muitas culturas indígenas, convida as pessoas a harmonizar suas vidas com a comunidade e o meio ambiente, promovendo uma relação de interdependência. Essa filosofia desafia as ideias de competição e acúmulo de recursos, tão presentes na sociedade capitalista.
Nas culturas africanas, o conceito de Ubuntu, que pode ser traduzido como “Eu sou porque nós somos”, destaca a importância da conexão humana e da solidariedade. Essa perspectiva lembra que o sucesso individual está intrinsecamente ligado ao bem-estar do coletivo.
Os povos aborígenes australianos, por sua vez, possuem uma relação íntima com a terra, que enxergam como um ser vivo e sagrado. Suas práticas de storytelling e de governança em consenso destacam a importância de ouvir todas as vozes antes de tomar decisões que afetem o grupo.

Dragon Dreaming e Projetos Colaborativos no Mundo Moderno

No cenário atual, iniciativas que buscam incorporar essas sabedorias ancestrais podem se beneficiar enormemente de ferramentas como o Dragon Dreaming, criado por John Croft. Essa metodologia combina práticas tradicionais de comunidades com conceitos modernos de gestão de projetos, oferecendo um caminho para criar e realizar projetos verdadeiramente colaborativos.
O Dragon Dreaming está baseado em quatro fases:
- Sonhar: A fase do sonho envolve a conexão com a visão coletiva. Aqui, é essencial ouvir todas as ideias e aspirar por um propósito comum, assim como fazem as tribos que usam o círculo de fala para promover igualdade e respeito.
- Planejar: Nesta etapa, transforma-se o sonho em ações concretas. A ideia é criar um plano onde todos participem, refletindo a interdependência e cooperação que Ubuntu e outras filosofias ancestrais pregam.
- Realizar: A execução é feita com celebração e entusiasmo. Inspirados pelos rituais das tribos, a realização também inclui a dimensão espiritual, conectando ações com propósito.
- Celebrar: Uma vez alcançados os resultados, o Dragon Dreaming propõe a celebração como uma forma de honrar as conquistas e fortalecer os laços comunitários. Isso ecoa os rituais de gratidão e celebração tão presentes nas culturas ancestrais.
Inspirando uma Nova Forma de Colaboração
Ao olhar para as sabedorias ancestrais e combiná-las com ferramentas como o Dragon Dreaming, é possível criar projetos coletivos que desafiem as lógicas individualistas. Isso inclui:
- Valorizar o círculo: Espaços onde todos possam ser ouvidos e respeitados, inspirados nos círculos de fala das culturas indígenas.
- Equilibrar o dar e receber: Como ensinam as tribos africanas e aborígenes, a colaboração verdadeira acontece quando existe troca justa entre as pessoas.
- Celebrar o caminho: Incorporar rituais e momentos de gratidão durante o processo do projeto, não apenas no fim.
Conclusão
A sabedoria ancestral dos povos indígenas, africanos e aborígenes nos mostra que é possível viver e criar em comunidade, de forma harmônica e respeitosa. Ferramentas como o Dragon Dreaming são pontes que permitem trazer essas inspirações para o mundo moderno, ajudando a transformar sonhos em realidade coletiva. Ao reaprender com essas culturas, podemos construir um futuro mais colaborativo, justo e humano.