Ainda não assisti o filme “Ainda estou aqui”, mas me emocionei ao ver a premiação da Fernanda Torres que foi vencedora do Globo de Ouro competindo com grandes nomes do cinema mundial – Angelina Jolie, Nicole Kidman, Tilda Swinton, Kate Winslet e Pamela Anderson.
Vitórias como esta nos fazem ter ORGULHO DE SER BRALEIRO e nos faz lembrar que as IAs nunca irão conseguir replicar a EMOÇÃO HUMANA que nos CONECTA.
Discurso de Fernanda Torres na Íntegra
Leia o discurso na íntegra:
“Meu Deus, eu não preparei nada porque já estava satisfeita. Esse foi um ano incrível para as atuações femininas. Tantas atrizes aqui que eu admiro tanto.
E, claro, eu quero agradecer a você, Walter Salles, meu parceiro, meu amigo. Que história, Walter! E, é claro, eu quero dedicar esse prêmio à minha mãe. Vocês não têm ideia. Ela esteve aqui há 25 anos.
E isso é uma prova que a arte pode durar pela vida, até durante momentos difíceis, como esta incrível Eunice Paiva, que eu fiz, passou.
E a mesma coisa que está acontecendo agora, em um mundo com tanto medo. E este filme nos ajuda a pensar em como sobreviver em momentos duros como este.
Resumo e Reflexão: Fernanda Torres, “Ainda Estou Aqui” e o Cinema Brasileiro
A vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro por sua atuação em Ainda Estou Aqui marca um momento histórico para o cinema brasileiro. Este é o primeiro prêmio do tipo conquistado pelo país desde 1999, quando Central do Brasil, protagonizado por sua mãe, Fernanda Montenegro, venceu na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Torres interpreta Eunice Paiva, uma advogada que enfrentou as perdas e os desafios impostos pela ditadura militar brasileira, destacando-se pela profundidade e sensibilidade de sua atuação.
Assim como Central do Brasil emocionou o mundo ao retratar a jornada humana e as desigualdades sociais do Brasil, Ainda Estou Aqui joga luz sobre a memória e as cicatrizes de um período sombrio da história nacional. Ambos os filmes transcendem o entretenimento, assumindo papéis como agentes de reflexão social e resgate histórico.
Ponte e Reflexão: Protagonismo Brasileiro e Busca pela Verdade
Central do Brasil e Ainda Estou Aqui exemplificam a importância de o Brasil contar suas próprias histórias. Esses filmes não apenas apresentam narrativas impactantes, mas também celebram o talento e a resiliência de artistas brasileiros. Em um mundo em que as verdades históricas podem ser manipuladas, o protagonismo de brasileiros como Fernanda Torres e Fernanda Montenegro é um ato de resistência cultural e política.
Essas conquistas inspiram os brasileiros a refletirem sobre seu papel na construção de um país mais justo e verdadeiro. Assim como os personagens desses filmes enfrentam adversidades para buscar justiça ou reconstruir vidas, é crucial que a sociedade brasileira se engaje ativamente na promoção da memória histórica, da empatia e da transformação social.
O cinema, enquanto reflexo e formador de consciência, destaca que a mudança começa com o protagonismo individual e coletivo. Somente assumindo nossas responsabilidades enquanto cidadãos podemos avançar para um Brasil mais ético, inclusivo e humano.
Globo de Ouro: Fernanda Montenegro comemora a vitória de Fernanda Torres por ‘Ainda Estou Aqui’
Ainda Estou Aqui | Trailer Oficial
Fernanda Montenegro discursou no Globo de Ouro há 26 anos após a vitória do filme Central do Brasil
Sobre Walter Salles
Walter Salles: Dois Momentos Marcantes no Cinema Brasileiro
Walter Salles é uma figura central no cinema brasileiro contemporâneo, tendo desempenhado um papel crucial em dois momentos históricos marcantes. O primeiro foi com Central do Brasil (1998), filme dirigido por ele e protagonizado por Fernanda Montenegro. A obra não apenas venceu o Globo de Ouro como Melhor Filme em Língua Estrangeira, mas também conquistou reconhecimento internacional, incluindo indicações ao Oscar, consolidando o Brasil no cenário global do cinema.
Agora, mais de 25 anos depois, Salles se destaca novamente como o diretor de Ainda Estou Aqui, que rendeu a Fernanda Torres o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama. Inspirado no livro de Marcelo Rubens Paiva, o filme explora as dores e resiliências humanas em meio às atrocidades da ditadura militar brasileira. Assim como em Central do Brasil, Walter Salles combina uma narrativa profunda com performances impactantes, reafirmando seu talento para capturar histórias que tocam tanto o público nacional quanto o internacional.
Ponte entre os Dois Momentos
Em ambos os casos, Walter Salles foi um elo vital entre o Brasil e o mundo, utilizando o cinema como meio de contar histórias universais com raízes profundamente brasileiras. Central do Brasil destacou o impacto emocional das desigualdades sociais e a força das conexões humanas, enquanto Ainda Estou Aqui aborda a memória histórica e a luta por justiça. Esses filmes são testemunhos de que o cinema pode ser uma ferramenta poderosa para dar visibilidade às narrativas brasileiras e colocar o país no centro das discussões artísticas e sociais globais.